Poesia concreta no concreto: O amor, a arte e a morte.

O poema se trata da singularidade de três palavras e, de igual maneira, da complexidade que cada uma delas carregam em seus significados e sentimentos. Substantivos concreto-abstratos, essas palavras foram selecionadas pelo impacto que provocaram e ainda provocam em minha vida e nas vidas ao meu redor.

Ademais, em um contexto pandêmico, cada uma delas tiveram papeis fundamentais na forma que como vivenciei meus dias, desde meu último ano até este momento. Sendo assim, foram aprendizados e experiências que mudaram a forma como encararei o mundo e as tantas questões emergentes.

A escolha de um poema concreto se deu pelo próprio efeito que está arte estético-literária causa.
O poema visa por si só comunicar e esse diálogo é possibilitado por meio da estrutura em forma da silhueta de corpo - comumente usado para demarcar a vida e as vastas projeções humanas -, com intuito de trazer à reflexão as questões do amor, da dor, do existir, da criação por meio da arte e, por fim, da morte.
AMOR

/ô/

forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais.
ARTE

Habilidade ou disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma consciente, controlada e racional.

Conjunto de meios e procedimentos através dos quais é possível a obtenção de finalidades práticas ou a produção de objetos; técnica.
Todo processo durou 20 dias - entre edição, impressão, montagem, pesquisa de espaço e colagem. A obra tem 2,40 altura por 1,47 largura e é formada por 56 folhas de ofício.
MORTE

Interrupção definitiva da vida de um organismo.

Fim da vida humana.

Feliz serás e sábio terás sido se a morte, quando vier, não te puder tirar senão a vida. Se vale a pena viver e se a morte faz parte da vida, então, morrer também vale a pena... Aprende a viver como deves, e saberás morrer bem. Em nossas vidas, a mudança é inevitável.

Francisco de Quevedo
"Poesia concreta no concreto: O amor, a arte e a morte" é um mural lambe-lambe fixado em um muro, entre as estações de Bento Ribeiro e Oswaldo Cruz - bairros da Zona Norte do município do Rio de Janeiro -, na rua Carolina Machado.
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